terça-feira, 22 de junho de 2010

O VENDEDOR

Recentemente consegui um emprego numa loja de sapatos, um emprego temporário...
Sempre achei que a vida nos conduz por caminhos estranhos e confio na máxima de que nada é por acaso, mas como medir a dimensão disto?
Desde que comecei a trabalhar nesta loja, ou melhor desde que comecei a trabalhar com sapatos, minha vida sofreu uma mudança. Talvez seja óbvio que assumir novas funções e novos ambientes sempre gera mudanças, mas neste caso o que mudou está muito além de mudanças casuais, tudo mudou em apenas um dia, tudo mudou em par de sapatos.
Na terceira semana de trabalho, eu já estava bem habituado a rotina da loja, atendia os clientes e efetuava vendas com compêntecia, até que numa Quinta-feira aconteceu tudo !
Como qualquer dia importante, este começou sem grandes emoções ou novidades, sai no mesmo horário, peguei o mesmo ónibus com o mesmo motorista e o mesmo cobrador, cheguei ao shopping, cumprimentei os seguranças, cheguei na loja, vesti meu uniforme, ajeitei algumas prateleiras e assumi meu posto em frente as vitrines.
Faltando 1 hora para o meu horário de almoço, entrou na loja uma moça aparentemente comum, confesso que a primeira vista não reparei muito na sua beleza.
Ela foi muito serena e com educação disse que estava procurando um sapato para uma ocasião especial. Depois de dar uma olhada nas vitrines e prateleiras, ela pediu o modelo de seu agrado. (Pediu o numero 36).
Fui ao estoque e peguei o sapato, e quando conduzi a moça para a área onde se prova os calçados, percebi que todos os outros vendedores tinham saído para almoçar e me vi completamente a sós com a tal moça, além de nós dois só estava na loja a menina do caixa, mas ela ficava em outro ambiente e não era possível nos ver.
A moça sentou em dos bancos e me ajoelhei para calça-la, ela tirou a sandália oferecendo o seu pé apoiando-o em meu joelho, estranhei essa atitude, levantei a cabeça e olhei com espanto pra ela, que sem perder a serenidade sorriu.
Sereno sorriso numa boca fina com um batom vermelho, e na caixa de sapatos uma sandália de gala vermelha.
Depois que abri a caixa algo passou a me afetar intensamente, fosse o pé nu em minha coxa, fosse o vermelho da boca e da sandália...tudo isso uma bela composição do acaso.
Quando toquei o pé dela, deixei bem evidente o movimento dos meus dedos, deixei a sola do pé dela repousado na palma da minha mão, devagar e com segurança deslizei a minha mão numa espiral até seu tornozelo. O suspiro que rompeu a casca da serenidade, e o arrepio ao calçar a sandália, provocaram uma reação violenta de excitação no meu corpo.
Com a mesma lentidão e segurança que eu havia impresso no meu toque, a sandália vermelha foi conduzida da minha coxa até meu sexo, fechei os olhos sem que a imagem da sandália e do sorriso fossem apagados da minha visão. Enquanto ela com movimentos circulares pressionava meu desespero em tesão, eu apertava sua perna na tentativa de dar vazão ao tesão desesperado que tomava meu corpo.
Ficamos assim por muito pouco tempo, pois chegaram do almoço os outros vendedores.
Mais uma vez com serenidade ela sorriu, pagou a sandália e foi embora...
Parece bobagem ou muito pouco para eu dizer que essa experiência mudou tanto minha vida. Mas pouco depois desse episódio numa Quarta-feira fui mandado embora da loja, demitido por justa causa.

Havia esperma em todas as sandálias vermelhas, e uma maldita câmera no estoque.