
Estela colhia flores toda vez que ia à casa da avó, isto acontecia pouquíssimas vezes no ano, duas vezes na verdade, nas férias de fim e de meio de ano. A menina ficava ansiosa por vários meses. Ela amava flores, e na cidade em que vivia as flores praticamente não se faziam perceber... Fosse o ritmo acelerado das pessoas, fosse talvez o asfalto, talvez o progresso, tudo isso era motivo.
Para Estela não se viam flores por vontade das próprias flores, afinal todas são tímidas e sentimentais, custam a se exibir, algumas demoram meses para se abrir e se não dermos atenção, se não lhes dermos nomes, se não conversamos com elas... Rapidinho elas murcham.
Definitivamente a cidade de Estela não era lugar para seres de personalidade tão intensa e o melhor lugar, era sem duvida a casa da Vovó Rosa, lá todas as flores tinham nomes eram muito bem tratadas, recebiam muito amor e cuidados, era uma pequena chácara que ficava a menos de uma hora da cidade, mas que tinha um clima e um astral totalmente diferente da cidade. Estela adorava!
Certa vez quando Estela voltou de férias, como sempre ela ficou bem triste, e para diminuir a tristeza começou a recortar fotos de flores, colava todas nas paredes do seu quarto, cultivava uma espécie de jardim vertical. Na verdade que Estela fazia era projetar seu mundo colorido, tão somente seu que seus pais inconscientemente alimentaram esse gosto desde quando ela era um bebê, compravam-lhe lençóis floridos, vestidinhos com margaridas, colônias com aroma de jasmim... Alguma coisa nela despertava nas pessoas próximas a sensação de que aquela pequena criatura, como as flores, tinha uma presença frágil e marcante, de fato Estela era especial. Foi muito mimada, foi uma criança feliz, uma criança sensível, amável, tranqüila.
Naturalmente ela cresceu e o seu amor pelas flores foi se tornando menos evidente na medida em que a vida se tornava mais complexa.
Estela trilhou um caminho vitorioso sem muitas crises... Passou a salvo pela adolescência, estudou muito, se esforçou bastante na faculdade e hoje é uma engenheira super respeitada, apesar de parecer incoerente uma profissão tão técnica e rígida, com aquela criança leve amante das flores, Estela se tornou uma otima engenheira e é feliz com seu trabalho, consequentemente demostrou que na sua personalidade também tinha espaço para uma pessoa séria, sistemática e objetiva.
Para Estela não se viam flores por vontade das próprias flores, afinal todas são tímidas e sentimentais, custam a se exibir, algumas demoram meses para se abrir e se não dermos atenção, se não lhes dermos nomes, se não conversamos com elas... Rapidinho elas murcham.
Definitivamente a cidade de Estela não era lugar para seres de personalidade tão intensa e o melhor lugar, era sem duvida a casa da Vovó Rosa, lá todas as flores tinham nomes eram muito bem tratadas, recebiam muito amor e cuidados, era uma pequena chácara que ficava a menos de uma hora da cidade, mas que tinha um clima e um astral totalmente diferente da cidade. Estela adorava!
Certa vez quando Estela voltou de férias, como sempre ela ficou bem triste, e para diminuir a tristeza começou a recortar fotos de flores, colava todas nas paredes do seu quarto, cultivava uma espécie de jardim vertical. Na verdade que Estela fazia era projetar seu mundo colorido, tão somente seu que seus pais inconscientemente alimentaram esse gosto desde quando ela era um bebê, compravam-lhe lençóis floridos, vestidinhos com margaridas, colônias com aroma de jasmim... Alguma coisa nela despertava nas pessoas próximas a sensação de que aquela pequena criatura, como as flores, tinha uma presença frágil e marcante, de fato Estela era especial. Foi muito mimada, foi uma criança feliz, uma criança sensível, amável, tranqüila.
Naturalmente ela cresceu e o seu amor pelas flores foi se tornando menos evidente na medida em que a vida se tornava mais complexa.
Estela trilhou um caminho vitorioso sem muitas crises... Passou a salvo pela adolescência, estudou muito, se esforçou bastante na faculdade e hoje é uma engenheira super respeitada, apesar de parecer incoerente uma profissão tão técnica e rígida, com aquela criança leve amante das flores, Estela se tornou uma otima engenheira e é feliz com seu trabalho, consequentemente demostrou que na sua personalidade também tinha espaço para uma pessoa séria, sistemática e objetiva.
Porém todos que são intimos percebem que algo de sua infância ou daquela essencia florida ainda está presente, pois na mesa da Dr. Estela há um vaso com Begônias vermelhas e um porta-retrato com a foto da Vovó Rosa .
No mais o resto:
projetos de ferro e pedra escritos em folhas de papel.
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No mais o resto:
projetos de ferro e pedra escritos em folhas de papel.
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foto : Dani Luppi
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